Viajando por dentro da história

No século XII, um pequeno povoado. No final do século xx, uma cidade moderna e inovadora, que sabe preservar o passado, valorizar o verde, investir no planejamento urbano e na melhoria da qualidade de vida da sua população. Essa é Curitiba. Parques, praças e bosques. Mais de 50 metros quadrados de área verde por habitantes, três vezes mais do que o recomendado pela organização Mundial da Saúde, deram a Curitiba o título de "Capital Ecológica".

O trasporte coletivo em Curitiba é modelo para o país.

Os ônibus biartículados trasportam até 270 passageiros e param em estações-tubo.

A ilha do Mel é um dos mais belos locais do litoral paranaense. Em 1767 os portugueses constituiram a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, para evitar uma possível invasão dos espanhóis, e continua em funcionamento até hoje,sob os cuidados da Marinha.

Waldemar Niclevicz nasceu em Foz do Iguaçu, em 1966. Alpinista, já escalou as maiores montanhas do mundo e foi o primeiro brasileiro a chegar ao cume do monte Everest, o ponto do planeta. Ele conseguiu realizar essa façanha no dia 14 de maio de 1995.

Waldemar Niclevicz

O ouro fez surgir Paranaguá, a cidade mais antiga do nosso estado. Atualmente, destaca-se na cidade o Porto D.Pedro II, um dos mais movimentados do brasil e o primeiro em trasporte de grãos, que são exportados para vários países do mundo.

Localizado no município de Ponta Grossa, o Parque Estadual de Vila Velha possui formações rochosas que lembram objetos ou animais. Essas formações são o resultado da erosão durante milhões de anos.

Dom

Deus dá a todos uma estrela.

Uns fazem da estrela um sol

Outros nem conseguem vê-la.

Viajar de trem pelas montanhas da serra do Mar, por uma estrada inaugurada em 1885 e que até hoje é orgulho da engenharia ou...

...conhecer o conjunto de 275 saltos que formam as cataratas do iguaçu, consideradas a "oitava maravilha do mundo".Esses são dois locais muito visitados pelos turistas que vêm ao nosso estado.

Poty Lazzarotto é um artista plástico paranaense, que criou painéis e murais, de cimento ou azulejo.

Suas obras podem ser administradas em várias cidades brasileiras e também em algumas partes do mundo, como por exemplo França e Portugal.

João Turim nasceu em Porto de Cima, município de Morretes, em 1878.Filho de imigrantes italianos, é um dos mais respeitados artistas paranaenses. Famoso por suas esculturas, possui estátuas de bronze de personagens importantes da história do Brasil espalhadas por praças de vários municípios.

Além disso, criou um estilo paranaense utilizando como temas o pinheiro, o mate, o café, animais e indios.

Miguel Bakun e Theodoro de Bona são importantes nomes da pintura paranaense.

Miguel Bakun

theodoro de Bona

A gralha-azul tem o corpo coberto por uma plumagem azul, com exceção da cabeça e do bico, que são negros. Conta a lenda que ela ganhou essa coloração para recompensar seu trabalho de disseminar as sementes do pinheiro.

O pinhão é um dos alimentos consumidos por essa ave. Quando ela apanha o pinhão da pinha e voa até outra árvore, acaba derrubando o pinhão durante o vôo e este, ao cair no solo, germina e faz nascer um novo pinheiro.

imagens da gralha-azul

imagens de pinhão

A bandeira do Paraná tem um retângulo verde, uma faixa diagonal branca e uma esfera azul, que traz representada a Constelação do Cruzeiro do Sul, como foi vista no céu do dia 29 de agosto de 1853. Nessa data o imperador D.Pedro II assinou a lei que criava a Província do Paraná. A esquerda da esfera aparecem ramos de erva-mate, grande riqueza econômica da região no século XIX, e de pinheiro-do-Paraná, árvore-símbolo do nosso estado.

Formado por um escudo, o Brasão de Armas do Paraná mostra um campo verde e um semeador. Atrás dele há um sol nascente de ouro e três picos representando os três planaltos paranaenses. Ladeando o Brasão, ramos de erva-mate e de pinheiro-do-paraná. Na parte de cima do Brasão existe a figura de uma harpia, a mais poderosa ave de rapina do planeta, que no passado habitava as terras paranaenses e atualmente encontra-se em extinção.

A Catedral Basílica Menor de nossa Senhora da Glória, em Maringá, possui 124 metros de altura e é o maior monumento da América Latina.

Londrina, localizada ao norte do estado, é a segunda cidade mais populosa do Paraná. Em junho transforma-se na capital do teatro, pois nessa época realiza-se na cidade o Festival Internacional do teatro, com a presença de muitos atores do Brasil e também de outros países.

Toledo, localizada na região oeste, é uma cidade que se destaca pela atividade agropecúaria. Uma importante festa paranaense realiza-se na cidade, é a Festa Nacional do Porco no Rolete. Realizada anualmente, atrai turistas que querem saborear esse delicioso prato da culinária paranaense.

Voltando ao passado.

Tudo o que acontece ou aconteceu na sua vida faz parte de sua história. Todos os acontecimentos do seu dia-a-dia, mesmo aqueles que consideram sem importância, as mudanças, enfim, tudo é parte integrante de sua história.

O Paraná também tem história para contar. Para conhecer um pouco da hitória do nosso estado, podemos fazer uma viagem no tempo e saber de acontecimentos, de pessoas que vivenciaram um outro momento histórico, quer de um passado distante ou próximo.

Para iniciar nossa viagem pela história do Paraná, vamos voltar mais de 500 anos, antes ainda de os portugueses chegarem ao Brasil.

As grandes viagens oceânicas.

Os oceanos sempre tiveram muita importância para as pessoas.

Há muito tempo eles eram o caminho de desbravadores que buscavam riquezas e novas terras. Naquela época as viagens ocêanicas eram aventuras perigosas, repleta de desafios e surpresas. As pessoas acreditavam na existência de seres estranhos que povoavam tanto os oceanos como as terras que eles ainda não conheciam.

Vida de um marujo.

A vida a bordo de uma caravela era extremamente dura. O espaço era muito limitado e somente o capitão dispunha de cabina. Os demais membros da tripulação dormiam no convés, ao ar livre, ou no porão. Não havia banheiros, e cada marinheiro normalmente só possuía uma roupa.

A mortalidade era muito alta. Comumente mais da metade da tripulação morria durante a viagem. Uma das causas era a alimentação ruim, e muito pouco variada. Somente nos primeiros dias, após a partida, era possivel se comer carnes, legumes e frutas frescas. E eram consumidas nos primeiros dias para que não se estragassem. Alguns animais, como porcos e galinhas, eram embarcados vivos, para servirem de alimento, exclusivamente para o comandante e os seus oficiais. Na maior parte da viagem, a alimentação se baseava no consumo de peixes salgados, frutas secas, cereais e principal-mente pão duro e biscoitos.

Um sobrevivente da viagem de Fernão de Magalhães escreveu:" comíamos biscoitos, mais na verdade não eram mais biscoitos, e sim um pó cheio de vermes e, alem disso, fedendo a urina de ratos".

Para beber, alem de água, nem sempre potável, poderia haver cerveja e vinho, este frequentemente azedo, mais se parecendo com vinagre. Era comum a embriaguez, o que gerava problema de indisciplina a bordo.

Algumas refeições eram preparadas em pequenos fornos, localizado no convés. Comia-se com os próprios dedos, pois não havia talheres. Os estoques de comida e água tinham de ser bastante controlados, porém, uma boa parte se estragava.

As doenças eram frequentes a bordo.

Descobrindo um novo mundo.

Numa dessas viagens,em 1492, Cristovão Colombo, navegando em nome do reino espanhol, chega á América, um novo mundo bem diferente do que ele imaginava.

Portugueses e espanhóis percorreram mares e conquistaram terras onde já viviam outras pessoas. Não reconheceram, porém, os direitos desses povos e resolveram dividir entre si as terras descobertas e por descobrir. Em 1494, assinaram o Tratado de Tordesílhas. Esse tratado traçava uma linha imaginária que dividia o mundo entre Portugal e Espanha. Foi nesse panorama de viagens e conquistas que, em 22 de abril de 1500, chegou ao Brasil o navegante português Pedro Álvares Cabral e sua esquadra.

o tratado de Tordesilhas é assinado.

E o homem branco chegou...

Quando os portugueses chegaram, no ano de 1500, a bordo de suas caravelas, encontraram uma terra já habitada por indígenas de diferentes tríbos.

Pedro Alvares Cabral

"A vistamos homens que andavam pela praia. A feição deles é serem pardos, quase avermelhados, de rostos regulares e narizes bem feitos, andavam nus sem nenhuma cobertura, traziam os beiços furados e neles metidos ossos."

Esse é um pequeno trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão português da expedição de Pedro Álvares Cabral, descrevendo os habitantes das terras descobertas ao rei de Portugal

Pero Vaz de Caminha

pensando um pouco mais.

VOCÊ SABIA...

...que na época em que Cabral chegou ao Brasil, na Europa existiam cidades com ruas, igrejas e lojas?

...que as pessoas que moravam na Europa, dedicavam-se ao comércio, usavam moedas de ouro, fabricavam armas de fogo e caravelas com as quais realizavam as viagens marítimas?

Indios os primeiros habitantes.

Antes de os europeus chegarem, havia muitos indígenas habitando o Brasil. Existiam mais de 5 milhões de pessoas, divididas em várias nações. Cada nação tinha um nome e vivia de acordo com seus costumes. Porém, o europeu chamou a todos de índios, não respeitando os diferentes povos e sua cultura.

Os povos que viviam no Paraná.

Quando os primeiros homens brancos chegaram ao Paraná, viviam aqui, aproximadamente, 200 mil indígenas pertencentes a três grandes nações: os Tupis-guarani, os Jê e os Xetá.

Os Xetá não se fixavam por muito tempo num lugar. Viviam da coleta de tubérculos, raízes, mel, larvas de besouro e de abelhas. Os homens caçavam répteis, aves e mamíferos, utilizando arco-e-flecha, clavões, bastões e armadilhas. Era costume da tribo enfeitar-se com brincos de penas de aves e colares de frutos silvestres e dentes de quati. Faziam também trabalhos de trançados, criando cestos, estojo para guardar as flechas e faixas com as quais as mulheres carregavam as criança nas costas.

Os indígenas da tribo guarani habitavam o litoral sul do Brasil, ás margens do rio Paraná e também ás terras do atual Paraguai. No litoral eram conhecidos como carijó. Praticavam agricultura de coivara, queimando os restos da vegetação e espalhando as cinzas como adubo na lavoura. Plantavam milho, mandioca, batata-docê, feijão, banana, melancia, amendoim e ervas que utilizavam como medicamento. Enriqueciam a alimentação com a coleta de pinhão, coco,palmito, mel e das larvas de abelhas e outros insetos.